ENTREVISTA DO REGINALDO CARLOTA PARA O JORNAL DA CIDADE, SOBRE O LIVRO ‘ TOLERÂNCIA ZERO’
Desde que anunciei o lançamento do meu novo livro “TOLERÂNCIA ZERO”, que está sendo
considerado um tiro de calibre 12 na cara dos políticos ituanos, tenho recebido
várias ligações e e-mails de jornais de todo o estado de São Paulo, querendo me
entrevistar sobre o assunto.
Meu livro denuncia o regime de cangaço e coronelismo que
rege a política ituana, e nele, trato político safado como merece ser tratado,
ou seja, na porrada.
Segue abaixo na íntegra, os principais trechos de uma das
entrevistas que concedi recentemente, essa saiu ou vai sair no “Jornal da
Cidade”, que circula na região de Ribeirão Preto e Bauru. Ela foi reproduzida
também na primeira edição da revista Notícia Popular.
No youtube
tem um vídeo seu saltando de paraquedas a mais de três mil e seiscentos metros
de altura, como descreve a página. É viciado em adrenalina?
Na verdade, neste vídeo, eu salto de um avião a três mil
seiscentos e quarenta e cinco metros de altura, só que sem o paraquedas. Quem
está com o paraquedas é meu instrutor de paraquedismo, da Skydive de Boituva.
Saltei junto com ele, confiando que o paraquedas dele abriria. Eu estava sem
paraquedas nenhum.
Vou fazer quarenta anos e não bebo, não fumo, não uso
drogas e nem frequento bar. Mas, como todo homem é viciado em alguma coisa,
decidi me viciar em adrenalina!
Que outros
esportes radicais o senhor pratica?
osto de correr com motos velozes, principalmente as
de mil cilindradas, também ando de
skate, faço trilhas de bike e mergulho. Pretendo agora, fazer o Caminho de
Santiago de Compostela a pé, saindo da França e indo até a Espanha. Se der,
ainda este ano.
É verdade, nem eu, nem o Marcelo Rezende que é o repórter
policial mais bem pago do Brasil, nem o Silvio Santos, nem a Madonna, nem o
Maurício de Souza, nem o Bill Gates e nem o Steve Jobs. Na verdade, Bill e
Steve até começaram, mas como eles precisavam revolucionar o mundo, saíram no
meio do curso para montar a Apple e a Microsoft.
Mas, só pra constar, em 2010, fui um dos poucos
brasileiros que acertaram mais de 80% da prova do Enem. Eu poderia ter entrado
na faculdade que quisesse com essa média, mas estive ocupado demais editando o
jornal mais famoso da minha cidade e escrevendo livros que estão vendendo
milhares de exemplares, Brasil afora.
Existem
algumas pessoas que acham seu estilo de jornalismo um tanto sensacionalista .
Como lida com essas críticas?
Eu sou realista, não sensacionalista e todos os meus
leitores sabem disso. Nunca exagero, não invento e não omito. Falo sempre a
verdade, sem cortes e sem censura, doa a quem doer.
Mas, quando você começa do nada, sozinho, sem ajuda de
ninguém e se torna o jornalista mais polêmico e influente da sua cidade, com
mais de dez mil fãs no Facebook, e de quebra ainda é convidado para participar
de uma série da TV norte-americana Discovery Channel, exibida nos Estados
Unidos, Europa, Ásia e América Latina inteira, e ainda escreve livros que
vendem mais de 15 mil exemplares em poucos meses, é normal que apareçam pessoas pra dizer que
você é isso ou aquilo. A maioria dessas que me criticam, ou estão morrendo de
inveja, por estarem frustradas no trabalho delas, ou simplesmente querem se
promover nas minhas costas. Em vez de responder as críticas, simplesmente não
dou moral e deixo essas pessoas falando sozinhas. Se nem Deus agrada todo
mundo, não seria eu o louco a ter essa pretensão. Foco em quem gosta do meu
trabalho, pra quem não gosta, não dou a mínima.
Pois é (risos).
É um tiro de calibre 12, ainda por cima à
queima roupa, igualzinho aquele que o Matias e o Capitão Nascimento deram na
cara do Baiano, no primeiro Tropa de Elite.
O senhor não poupa praticamente ninguém da política no seu livro.
Não existe nenhum político bom em Itu?
Vivo não. O que existe são políticos menos
ruins. Agora dizer que algum realmente é bom, aí já é exagero.
Tem algum em especial que o senhor odeia?
Não odeio ninguém, dentro ou fora da
política. Apenas desprezo quem é desprezível. E político desprezível é o que
não falta em Itu.
Em Tolerância Zero, o senhor pega bastante pesado com alguns
políticos de Itu. Já sabe o que eles estão achando do livro?
Escrevi o livro para a população ituana, não
para os políticos.
Cada cidadão local se sentirá vingado ao ler
Tolerância Zero. Falo tudo que a população ituana tem vontade de dizer para
esses caras, mas nunca disse.
Quanto aos políticos locais, a maioria deles
são semi, ou totalmente analfabetos. Nunca sequer devem ter lido uma bula de
remédio na vida. Conheço político em Itu que escreve criança com dois “s”.
Mesmo que lessem meu livro, não entenderiam por que não tem desenhos. Então,
duvido que algum deles esteja achando qualquer coisa.
Acha que algum político pode querer processá-lo, por conta do que
escreveu?
Recentemente, o ex delegado da Polícia Civil
de São Paulo, Romeu Tuma Jr., ao ser questionado pela imprensa, sobre possíveis
processos que poderia levar por conta de seu livro "Assassinato de
Reputações", que denuncia os políticos do PT, respondeu o seguinte:
"É difícil ser processado quando se fala a verdade. Você, quando processa
alguém, abre a possibilidade de que a pessoa prove mais do que já está provado.”
Sou obrigado a concordar com o Tuma!
Na sua opinião, quem é pior em Itu, “situação” ou “oposição”?
A “situação” é totalmente submissa, só faz o
que o Herculano (ex-prefeito de Itu), manda. Por outro lado, a “oposição” é
patética e sempre perde pelos mesmos erros. Então, na minha opinião, as duas
facções são ruins.
Qual o problema da oposição?
Ego não resolvido. Falo isso no livro.
Enquanto na situação o Herculano agrega os partidos e candidatos em torno dele
e com isso sempre ganha, na oposição eles fazem o contrário. Dividem os
partidos e candidatos e com isso sempre perdem.
A oposição usa salto alto demais. Todos na
oposição querem ser o deputado e o prefeito ao mesmo tempo. Em vez de somar, só
dividem. E não aprendem com os próprios erros. Por isso perdem uma eleição
atrás da outra.
No Facebook, seu nome é sugerido por seus fãs para ser o próximo
prefeito de Itu. Já pensou no assunto?
Seriamente não.
Hoje não temos mais liderança política na cidade, em termos de oposição. Todos que já
se candidataram antes estão queimados com a população e não desfrutam mais de
credibilidade alguma.
Como sou o cara atualmente que mais cobra do governo local, satisfações dos problemas da cidade, é até
natural que as pessoas me vejam como uma nova liderança política. Mas, não sou
candidato a nada, nunca fui e nem sequer já me filiei alguma vez na vida em
qualquer partido político.
Qual o maior problema de Itu?
Itu não tem problema nenhum. A cidade é
maravilhosa. O problema são os políticos ituanos. E o problema deles eu resumo
em três palavras; vergonha na cara! Coisa que eles não têm.
Mesmo afirmando que não é político e nem candidato a nada, o senhor
deixa claro no livro e a todo momento, que é muito mais politizado do que a
maioria dos próprios políticos que menciona na sua obra.
Platão sempre dizia que o maior problema de
não gostarmos de política, é que seremos governados por aqueles que gostam.
Eu desprezo só os políticos, não a política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário