No
início de fevereiro, o escritor e jornalista ituano Reginaldo Carlota, de 38
anos, colocou a venda em todas as bancas de revistas da cidade, seu novo livro
"O Perdedor".
A obra é
um relato dramático e envolvente que revela o cotidiano insensível e trágico,
de meninos que vivem, matam e morrem pelo tráfico de drogas.
A trama
gira em torno de um adolescente viciado, que, abandonado pela família, caçado
por policiais e perseguido por traficantes, precisa lutar de todas as formas
para sobreviver num cotidiano amargo, insensível e sem perspectivas, onde não
existem amigos e os inimigos estão por toda parte.
Lançado
pelo selo editorial "Serial Books", do próprio Carlota, O Perdedor
tem 24 páginas, todas ilustradas com desenhos em tons de cinza, formato
19x25cm, capa cartonada e plastificada, miolo impresso em papel couchê, de
altíssima qualidade e custa apenas R$ 5.
Carlota
explicou que o preço baixíssimo de capa, só foi possível devido a tiragem
astronômica que mandou imprimir, fazendo assim com que o custo por unidade
saísse muito barato para o consumidor final.
CINCO MIL UNIDADES VENDIDAS
Mesmo
ainda não tendo realizado uma noite de autógrafos oficial para o lançamento do
livro, Carlota já está vendendo milhares de exemplares de "O
Perdedor".
Já a
venda em cerca de duzentas bancas e livrarias, o livro vendeu mais de cinco mil
exemplares em menos de um mês.
Boa
parte dessa tiragem foi adquirida pelo Secom (Sindicato dos Empregados do Comércio
de Itu e Região).
Assim
que tomou conhecimento da existência do livro, o presidente do SECOM, Luciano
Ribeiro, conversou com Carlota, sobre a possibilidade de comprar um grande lote
de exemplares, no atacado, para distribuir gratuitamente entre os associados do
Sindicato.
O
escritor gostou da ideia e o negócio foi fechado.
Durante
a entrega dos livros esta semana, Luciano explicou o motivo da compra dos
livros.
"O
SECOM é uma entidade que tem como princípio básico uma melhor qualidade de vida
para todos, lutando para que os direitos de seus representados sejam
respeitados e reivindicando melhorias aos trabalhadores.
Neste
contexto, não podemos deixar nossa responsabilidade social de lado. Sabemos que
as drogas são um dos maiores problemas da atualidade, pois destrói a vida do
usuário bem como a de sua família.
Apoiamos
o projeto do autor Reginaldo Carlota, porque temos o perfil de não ficar
olhando para um problema e não fazer nada. Temos sim que agir, enquanto é
tempo, esperamos com isso, despertar a consciência, principalmente dos jovens,
de que, um usuário de droga é realmente um perdedor.
O
SECOM vai enviar para casa de seus associados uma edição do livro e dar uma
chance para que as pessoas possam ler uma história que não gostaríamos de
tornar realidade de vida de ninguém", comentou Luciano em nota oficial.
MARKETING ANTIDROGAS
"Todo
ano o Governo joga milhões de reais no lixo, com propagandas inúteis, que dizem
simplesmente 'não usem drogas'. Essa frase não tem efeito psicológico algum na
mente de um usuário em potencial e muito menos de um viciado. Se a mensagem
passada pelo Governo fosse algo como 'drogas são para perdedores', o efeito psicológico
seria outro, principalmente para quem usa drogas pra ser socialmente aceito num
grupo. Acredito que meu livro faz um marketing antidrogas muito mais eficiente
do que o do Governo. Pra se ter uma ideia, até um cara que diz ser traficante
de drogas, comprou meu livro outro dia e disse que daria para os filhos dele
ler. E isso tem lógica, nunca soube de um traficante que quisesse que o filho
dele se tornasse um nóia", comenta Carlota.
O
jornalista explicou que seus planos para O Perdedor são extremamente
ambiciosos. O autor planeja vender meio milhão de cópias do livro, só neste ano
de 2013, transformando a obra num mega best seller nacional.
Boa
parte dessas vendas serão feitas no atacado, diretamente para escolas, prefeituras,
ONGS, sindicatos e empresas que queiram distribuir o livro entre seus
funcionários, já que se trata de uma obra altamente recomendável para a
sociedade, por discutir um dos problemas que mais aflige a população nos dias
de hoje.
"A
droga é a grande responsável pelo alto número de roubos e homicídios no país, e
não é com a falta ou excesso de polícia que o problema será resolvido. É mais
uma questão social do que policial e precisa ser combatida de dentro de nossas
casas pra fora", explicou o jornalista.
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