sexta-feira, 1 de março de 2013

SECOM COMPRA QUATRO MIL EXEMPLARES DO LIVRO "O PERDEDOR"

ESCRITOR REGINALDO CARLOTA AUTOGRAFANDO LIVRO PARA O PRESIDENTE DO SECOM DE ITU E REGIÃO, LUCIANO RIBEIRO


No início de fevereiro, o escritor e jornalista ituano Reginaldo Carlota, de 38 anos, colocou a venda em todas as bancas de revistas da cidade, seu novo livro "O Perdedor".

A obra é um relato dramático e envolvente que revela o cotidiano insensível e trágico, de meninos que vivem, matam e morrem pelo tráfico de drogas.

A trama gira em torno de um adolescente viciado, que, abandonado pela família, caçado por policiais e perseguido por traficantes, precisa lutar de todas as formas para sobreviver num cotidiano amargo, insensível e sem perspectivas, onde não existem amigos e os inimigos estão por toda parte.

Lançado pelo selo editorial "Serial Books", do próprio Carlota, O Perdedor tem 24 páginas, todas ilustradas com desenhos em tons de cinza, formato 19x25cm, capa cartonada e plastificada, miolo impresso em papel couchê, de altíssima qualidade e custa apenas R$ 5.

Carlota explicou que o preço baixíssimo de capa, só foi possível devido a tiragem astronômica que mandou imprimir, fazendo assim com que o custo por unidade saísse muito barato para o consumidor final.

 

CINCO MIL UNIDADES VENDIDAS

Mesmo ainda não tendo realizado uma noite de autógrafos oficial para o lançamento do livro, Carlota já está vendendo milhares de exemplares de "O Perdedor".

Já a venda em cerca de duzentas bancas e livrarias, o livro vendeu mais de cinco mil exemplares em menos de um mês.

Boa parte dessa tiragem foi adquirida pelo Secom (Sindicato dos Empregados do Comércio de Itu e Região).

Assim que tomou conhecimento da existência do livro, o presidente do SECOM, Luciano Ribeiro, conversou com Carlota, sobre a possibilidade de comprar um grande lote de exemplares, no atacado, para distribuir gratuitamente entre os associados do Sindicato.

O escritor gostou da ideia e o negócio foi fechado.

Durante a entrega dos livros esta semana, Luciano explicou o motivo da compra dos livros.

"O SECOM é uma entidade que tem como princípio básico uma melhor qualidade de vida para todos, lutando para que os direitos de seus representados sejam respeitados e reivindicando melhorias aos trabalhadores.

Neste contexto, não podemos deixar nossa responsabilidade social de lado. Sabemos que as drogas são um dos maiores problemas da atualidade, pois destrói a vida do usuário bem como a de sua família.

Apoiamos o projeto do autor Reginaldo Carlota, porque temos o perfil de não ficar olhando para um problema e não fazer nada. Temos sim que agir, enquanto é tempo, esperamos com isso, despertar a consciência, principalmente dos jovens, de que, um usuário de droga é realmente um perdedor.

O SECOM vai enviar para casa de seus associados uma edição do livro e dar uma chance para que as pessoas possam ler uma história que não gostaríamos de tornar realidade de vida de ninguém", comentou Luciano em nota oficial.

 

MARKETING ANTIDROGAS

"Todo ano o Governo joga milhões de reais no lixo, com propagandas inúteis, que dizem simplesmente 'não usem drogas'. Essa frase não tem efeito psicológico algum na mente de um usuário em potencial e muito menos de um viciado. Se a mensagem passada pelo Governo fosse algo como 'drogas são para perdedores', o efeito psicológico seria outro, principalmente para quem usa drogas pra ser socialmente aceito num grupo. Acredito que meu livro faz um marketing antidrogas muito mais eficiente do que o do Governo. Pra se ter uma ideia, até um cara que diz ser traficante de drogas, comprou meu livro outro dia e disse que daria para os filhos dele ler. E isso tem lógica, nunca soube de um traficante que quisesse que o filho dele se tornasse um nóia", comenta Carlota.

O jornalista explicou que seus planos para O Perdedor são extremamente ambiciosos. O autor planeja vender meio milhão de cópias do livro, só neste ano de 2013, transformando a obra num mega best seller nacional.

Boa parte dessas vendas serão feitas no atacado, diretamente para escolas, prefeituras, ONGS, sindicatos e empresas que queiram distribuir o livro entre seus funcionários, já que se trata de uma obra altamente recomendável para a sociedade, por discutir um dos problemas que mais aflige a população nos dias de hoje.

"A droga é a grande responsável pelo alto número de roubos e homicídios no país, e não é com a falta ou excesso de polícia que o problema será resolvido. É mais uma questão social do que policial e precisa ser combatida de dentro de nossas casas pra fora", explicou o jornalista.