sexta-feira, 22 de novembro de 2013
O ASSASSINATO DE DUAS MENINAS QUANDO EU TINHA DEZ ANOS, ME FEZ VIRAR REPÓRTER POLICIAL
Em 1984, eu tinha 10 anos de idade.
Estudava de manhã no "Lar dos Meninos", no Colégio Patrocínio e a tarde estudava na
escola Cícero, aqui em Itu.
Na primeira semana de abril, daquele ano, cheguei no Cícero e a criançada
estava muito assustada. Haviam achado o
corpo de uma menininha de 9 anos, que estudava na escola vizinha, Cesário
Motta.
O corpo dela foi encontrado jogado num matagal da Estrada Jurumirim,
mais pra trás de onde é o Plaza Shopping, hoje. O nome da menina era Silvia
Aparecida do Espírito Santo. Morava no número 800 da rua Santa Cruz, bem de
frente daquela loja de móveis usados do Isaac Shapiro, atrás do Mercadão.
A menina foi estuprada e apanhou até
morrer do assassino.
Fiquei super assustado, assim como as outras crianças da minha idade. A gente sabia que tinha um cara por aí, matando crianças. Pior, além de matar, ele ainda estuprava antes.
Passaram alguns meses e em setembro
daquele mesmo ano, um coleguinha meu que estudava no Lar dos Meninos, apareceu
na escola muito triste. Estava mudo, não falava com ninguém. Uma freira do
colégio veio dar a trágica notícia: um maníaco havia estuprado e matado a
irmãzinha dele. O nome dela era Isabel Bezerra da Silva. Tinha 10 anos e morava
no São Luiz. Ela vendia pãezinhos que a mãe fazia, pra ajudar no sustento da
casa. Saiu uma tarde pra vender, e nunca mais voltou. Foi achada dias depois,
numa mata onde é o Parque América hoje.
O assassino, depois de estuprar a
menina, pegou a toalha que cobria a cestinha de pães e a estrangulou até a
morte. Mas antes disso, enquanto ele a estuprava, enfiou um pedaço da toalha na
boca dela, pra quem ninguém ouvisse os gritos da menina.
Eu tinha 10 anos. E ela também.
OBSESSÃO
A polícia de Itu nunca resolveu o caso. Na verdade, nunca tiveram a menor ideia de com quem ou o que estavam lidando. Era um serial killer. E só atacava crianças.
A maioria da garotada da minha época esqueceu os dois assassinatos e
tocaram a vida pra frente, sem pensar mais nisso. Eu não consegui.
Desde os meus dez anos de idade, nunca deixei de pensar naquelas duas
garotinhas.
Cresci obcecado pelos crimes e
revoltado pelo fato dos assassinatos nunca terem sido esclarecidos pela polícia.
Prometi pra mim mesmo que, quando eu
crescesse iria atrás do assassino. E cumpri minha promessa.
Logo após esses casos, ainda com dez anos, comecei a ler sobre assassinos psicopatas, serial killers e praticamente tudo que envolvia crimes. Estraguei a maior parte da minha infância com isso.
Tinha muito mais interesse por
assassinos, do que por qualquer outra coisa.
Em 1999, 15 anos após os assassinatos, eu não conseguia mais continuar
pensando nessas meninas sem fazer nada. Estava ficando cada vez mais
perturbado. Decidi então honrar minha promessa de infância e saí pessoalmente
atrás do assassino de Silvia e Isabel. Nunca pensei em prendê-lo. Minha ideia,
e juro por Deus do céu, do que estou falando aqui, era matar o cara que tinha
feito isso com as meninas. Nunca vou saber se teria feito ou não.
A INVESTIGAÇÃO
Comecei levantando todos os jornais da época sobre os crimes,
desarquivei os processos judiciais, fui atrás de parentes e conhecidos das
vítimas, de policiais que se envolveram nos casos e comecei a montar um dossiê
sobre os crimes. No percurso, descobri que na mesma época dos assassinatos de
Itu, e nos anos seguintes, inclusive ainda em 1999, inúmeras outras crianças
com perfil semelhante aos das duas meninas, haviam sido estupradas e mortas em
diversas cidades da região. Eu não tinha mais dúvida alguma de que um serial
killer havia matado Silvia e Isabel. E o mais grave; o cara ainda estava na
ativa.
Comecei a rodar por todas as cidades
onde crianças haviam sido assassinadas, atrás de pistas do assassino. Mapeei os
locais dos crimes e fui cruzando informações com o que eu lia nos arquivos de
jornais dessas cidades e ouvia de conhecidos das vítimas e pessoas que haviam
visto as crianças antes do sumiço.
Acabei descobrindo que antes de sumirem, a
maioria delas haviam sido vista com um sujeito gordo, barbudo, sujo e
maltrapilho. Fiz um retrato falado do suspeito e mostrei em algumas cidades.
Bateu. Era o cara. Até procurei a polícia, mas ninguém estava nem aí com crimes
antigos não solucionados.
Sem contar que para a polícia, eu era
só um idiota bancando o detive. Ninguém dava moral pra mim.
Meu maior problema nessa época era dinheiro.
Não tinha grana pra ficar viajando por aí, atrás de pistas de um maníaco, por
isso, minha investigação estava andando, mas não tão rápido quanto deveria. No
final de 1999, eu tinha uma pista quente. Em várias cidades onde crianças
haviam sido mortas, pessoas sempre falavam no meio da conversa sobre o caso,
terem visto um "andarilho esquisitão" rondando a cidade. Era o cara
do meu desenho. Eu estava eufórico. Tinha descoberto que o assassino era um
andarilho que perambulava de cidade em cidade.
Com base em todos os crimes, tracei o
perfil psicológico dele. Era só uma questão de tempo.
Em Rio Claro, a delegada da Polícia
Civil, doutora Sueli Isler, hoje minha grande amiga, estava tão obcecada quanto
eu pra pegar o assassino. Ele havia matado seis crianças naquela cidade. Isler,
uma das melhores policiais que já conheci até hoje e sua equipe de
investigadores, fizeram o que eu acredito que estava prestes a fazer;
descobriram o assassino. Conseguiu encontrá-lo e prendê-lo antes de mim.
Era o cara. Laerte Patrocínio Orpinelli,
o monstro que aterrorizou minha infância.
Ao ser preso, contou detalhes de
inúmeros assassinatos e levou a doutora e sua equipe em vários locais onde
havia enterrado corpos de crianças.
Em uma de suas declarações mais
assustadoras ele disse: “MATAR CRIANÇAS PRA MIM, É COMO MATAR PASSARINHOS”. A
delegada, assustada, então perguntou: “E quantos ‘passarinhos’ (crianças), você
já matou?” O assassino olhou nos olhos dela e respondeu: “PAREI DE CONTAR
QUANDO CHEGOU NO CEM”.
Minha obsessão pelo assassino não
terminou com a prisão dele. Cresceu ainda mais. Tentando entender cada vez mais
a psicose assassina Do maníaco, comecei
a perambular por diversas cidades por onde ele havia feito vítimas e fui
pessoalmente nos locais desses crimes. Ao saber que ele dormia em albergues noturnos
das cidades por quais passava, entre um crime e outro, comecei a pernoitar nos
mesmos albergues onde Orpinelli havia dormido. Chegava ao absurdo de perguntar
em qual cama ele havia dormido e tentava dormir até na mesma cama. Sempre usava
nome falso. Em algumas cidades eu me chamava “Francisco”, em outras “Paulo” e
por aí foi. Nesses locais, eu me passava por um viajante qualquer e procurava
pessoas que haviam conversado com o assassino, e aprendia mais sobre ele. Foi
uma época estranha pra mim, eu havia parado de viver minha própria vida, pra
viver a do assassino de crianças. Perambulei pelos mesmos bares que o andarilho
bebia, enquanto planeja seus assassinatos e cheguei a viajar por várias cidades
do interior paulista, pegando carona nas mesmas rodovias que o maníaco pegava,
após praticar seus crimes. Eu queria entrar na cabeça dele para ver o mundo
através de sua lógica perversa e doentia e com isso, entender seus crimes. Nessa
época, eu ganhava a vida fazendo letreiros em portas de lojas, e fiquei um bom
tempo fora de Itu, andando por aí meio que sem rumo. A noite, costuma dormir em
hoteizinhos vagabundos relendo meus arquivos sobre o assassino e vendo as fotos
das crianças que ele matou. Minha obsessão por esse cara foi tão grande, que,
em dado momento, parecia que eu havia me tornado o próprio assassino, isso em
um sentido figurado é claro. Sabia exatamente como ele pensava e agia e com
isso, identifiquei uma série de outros crimes que ele cometeu e nunca foram
descobertos pela polícia.
Falei sobre todos esses crimes no meu
livro “O MATADOR DE CRIANÇAS”, que reconstitui a vida e os crimes desse
assassino.
Logo após o lançamento do livro no
final de 2010, uma equipe da Discovery Channel dos Estados Unidos, me ligou
fazendo um convite para que eu desse uma entrevista exclusiva sobre Orpinelli,
no programa Instinto Assassino, da Discovery. Aceitei. A entrevista foi exibida
durante o episódio “O Monstro de Rio Claro”, do Instinto Assassino e já foi
reprisada em vários idiomas em mais de 80 países.
Foi por conta de Silvia, Isabel e
Orpinelli, que me tornei repórter policial. Esses crimes despertaram meu
interesse sobre crimes.
Tentei falar com Orpinelli várias
vezes após sua prisão. Até trocamos uma carta, mas ele nunca aceitou falar
comigo pessoalmente.
Em janeiro deste ano, quando ele
morreu, vários jornais e emissoras de TV me ligaram perguntando como eu me
sentia. Não soube responder. Mas pensando agora, acho que me senti frustrado
por nunca ter tido a oportunidade de olhar pessoalmente nos olhos dele e
perguntar: "por que você odeia tanto as crianças?".
Ainda penso em Silvia, em Isabel e principalmente nele. E, quando estou
sozinho, em meus momentos mais íntimos, como nessa madrugada de hoje, percebo
que entrar na cabeça do assassino foi fácil. O difícil...é conseguir sair.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Série de livros infantis “ Turma
do Carlotinha” vai dar orientações de segurança para crianças
O escritor e jornalista ituano Reginaldo Carlota, está escrevendo uma série de livros infantis, intitulada de “A Turma do Carlotinha”, onde ele próprio é um dos personagens principais.
A série gira em torno de um trio de amiguinhos “Carlotinha”,
“Guilherminho” e “Carolina”, que vivem incríveis aventuras, cheias de perigos e
mistérios, mas que sempre passam mensagens de conscientização para as crianças.
Os personagens Guilherminho e Carolina são baseados nos
filhos de Carlota.
“Não serão histórias chatas, que esbarram num didatismo
exagerado, diferente disso, são aventuras cheias de humor e mistério, mas que
não deixam de lado as dicas de segurança que toda criança precisa saber”,
explica o autor.
“Uma criança mal orientada será sempre uma vítima mais
fácil, do que uma bem orientada, e a ideia da Turma do Carlotinha é educar, e
conscientizar a criança, ao mesmo tempo em que diverte, com um livro muito bem
ilustrado e uma linguagem acessível a idade delas”, explica.
No primeiro livro da série, que deverá ser lançado no mês
que vem, os personagens mostram como ir e voltar pra escola com total segurança.
“Se os pais pararem pra pensar um só minuto, toda vez que
uma criança sai de casa sozinha para ir a escola, não existe garantia nenhuma de
que ela voltará. É assustador, mas é a mais pura realidade. Crianças são
vítimas o tempo todo de desaparecimentos misteriosos, sequestros e acidentes”,
comenta o jornalista.
Carlota ainda explica que nos dias de hoje, a melhor
maneira de evitar acidentes e atitudes de criminosos com as crianças é a
educação no lar, por isso, elas precisam ser orientadas sobre os perigos as
quais estão sujeitas todos os dias.
“Em vez de
esconder das crianças o que está acontecendo, os pais devem é prepará-las para
a realidade”, explica.
Para o jornalista é fundamental que os pais mostrem as
crianças que estão na fase escolar artigos e reportagens de jornais e revistas
sobre ações de criminosos, não para assustá-las, mas para preveni-las dessas
condutas criminosas.
“A infância das crianças de hoje é muito mais curta do
que a da geração passada, por conta disso, elas precisam amadurecer mais rápido
e se prepararem para o mundo em que vivemos. Se não fizerem isso, elas serão
alvos muito fáceis, principalmente para a criminalidade”, comenta Carlota.
AUTOR JÁ
VENDEU MAIS DE 15 MIL LIVROS PARA ADOLESCENTES
Intitulado de “O Perdedor”, o último livro lançado por
Carlota já vendeu mais de 15 mil exemplares, só aqui na região. A obra narra o
cotidiano dramático dos meninos que vivem, matam e morrem pelo tráfico de
drogas.
Só o Sindicato dos Comerciários de Itu (SECOM), comprou
cerca de 10 mil exemplares, que estão sendo distribuídos gratuitamente entre os
associados e algumas escolas.
“O Perdedor é um livro escritor para adolescentes, já a
Turma do Carlotinha é indicado para crianças entre 5 e 10 anos e deverá ter o
mesmo impacto no mercado, por se tratar de uma obra igualmente educativa”,
explica o autor.
terça-feira, 4 de junho de 2013
SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS ADQUIRE MAIS 5 MIL CÓPIAS DE BEST SELLER SOBRE MENINOS TRAFICANTES
No Brasil, qualquer livro que esgote a tiragem de 5 mil exemplares, já é considerado um “best seller” e aparece na lista dos maisvendidos de revistas de circulação nacional como Veja, Época e Isto É.
O livro “O Perdedor”, do escritor e jornalista Reginaldo Carlota, só em Itu e Salto, já vendeu mais de 15 mil exemplares. Detalhe: tudo isso em menos de 5 meses, já que a obra foi lançada no final de janeiro deste ano.
Baseado em fatos reais do cotidiano do jornalista, o livro é um relato dramático, envolvente e trágico sobre a vida dos meninos que matam e morrem diariamente pelo tráfico de drogas.
Logo após o lançamento, o Secom de Itu, por meio de seu presidente Luciano Ribeiro, adquiriu 5 mil exemplares da obra, que foi distribuída gratuitamente para associados do sindicato. A escola Salathiel também foi beneficiada pelo Secom, que, a pedido da direção local, recebeu uma doação de 800 livros, distribuídos sem custo algum para os alunos.
Esta semana, durante uma reunião entre o escritor Reginaldo Carlota e o presidente do Secom Luciano Ribeiro, foi acertada a venda de outro lote de mais 5 mil exemplares para o sindicato.
Luciano contou que, além do livro estar sendo muito elogiado pelos associados, pais, mães e professores, a obra também está recebendo elogios até de juízes e promotores, tendo em vista seu conteúdo altamente didático para os adolescentes.
“As pessoas me perguntam o tempo todo se o livro é baseado na minha própria vida; a resposta é sim e não. De certa forma, sou um cara considerado ‘careta’, já que nunca sequer fumei um cigarro na minha vida, jamais tive qualquer tipo de envolvimento com drogas e só tomo cerveja se for sem álcool. Por esse lado, não tenho absolutamente nada a ver com o garoto do livro. Mas, na minha vida de repórter policial, perdi a conta de quantos garotos, exatamente como aqueles do livro, já fotografei em valas, construções e matagais aqui mesmo de Itu, todos com tiros na cabeça e no peito, por não terem pago dívidas de drogas. Nesse aspecto, o livro é um retrato psicologicamente explícito da vida real. Não da minha vida, mas da de muitas pessoas que já estiveram a minha volta”, explicou o escritor.
Nas bancas e livrarias de Itu e Salto, “O Perdedor” é vendido pelo valor simbólico de apenas R$ 5.
SERIAL KILLER
Outro livro de Carlota, que está fazendo um grande sucesso no mercado é “O Matador de Crianças”. Fundamentado em rigorosa pesquisa e investigação, a obra é um documentário chocante sobre os crimes do serial killer brasileiro Laerte Patrocínio Orpinelli”, que entre as décadas de 70 e final de 90, perseguiu, estuprou e matou dezenas de crianças.
O assassino inclusive fez duas vítimas em Itu, no ano de 1984, motivo pelo qual o escritor e jornalista Reginaldo Carlota, passou a investigar os crimes e acabou escrevendo o livro.
A obra chamou a atenção da TV internacional Discovery Channel, que mandou uma equipe da Argentina vir ao Brasil, para gravar uma entrevista com Carlota e filmar o documentário “O Monstro de Rio Claro”,exibido na série “Instinto Assassino”, do Discovery. O episódio já foi exibido em mais de 100 países e continua sendo reprisado em vários idiomas pela TV internacional.
O Matador de Crianças está a venda nas bancas e livrarias por R$ 29. Na livraria Nobel do Plaza Shopping, quem compra este livro leva de brinde um exemplar de “O Perdedor”.
sábado, 13 de abril de 2013
REGINALDO CARLOTA É ENTREVISTADO PELO 'BALANÇO GERAL' DA RECORD SOBRE CRIME DA 'LOIRA DESCONHECIDA'
O apresentador de TV Geraldo Luis, e sua equipe do
Balanço Geral da Record, estiveram em Itu, na tarde de segunda-feira, 8 de
abril, gravando uma extensa entrevista com o jornalista ituano Reginaldo
Carlota.
A reportagem, que foi sobre o misterioso caso da
"Loira Desconhecida", acabou sendo exibida na tarde de terça-feira,
16 de abril.
Durante as gravações, Geraldo Luis, que soube de
Carlota, através dos artigos que leu sobre ele na internet, elogiou várias
vezes a coragem e o profissionalismo do jornalista ituano.
CRIME REPLETO DE
MISTÉRIO
Na sepultura número 328 da quadra
Paz Celestial, do Cemitério Municipal de Itu, há uma mulher enterrada há mais
de quarenta anos, sem ninguém saber sua verdadeira identidade. Essa mulher foi
encontrada morta em circunstâncias aterradoras em Itu, no dia 19 de abril de
1972, na altura da Fazenda Pedra Azul, localizada na Rodovia Marechal Rondon
(Estrada Itu/Jundiaí).
Loura, alta, muito bonita, pele,
mãos, pés e cabelos muito bem tratados, aparentando cerca de 30 anos de idade,
a mulher parecia ser alguma modelo ou atriz, tamanha sua beleza e cuidados com
o corpo, que impressionou todos que a viram.
A linda loura havia sido morta de
forma horrenda, foi torturada antes de ser brutalmente assassinada. Foi
espancada, teve os braços e os seios queimados por cigarro, foi arrastada pelo
cabelo e executada com seis tiros fatais.
Seu corpo foi encontrado nu, na
beira da Rodovia, sem nenhum documento ou vestígio de sua identidade.
A Polícia Civil da época nunca
esclareceu o crime. Não descobriu quem era a vítima, nem quem era o assassino e
muito menos o motivo do crime.
Na lápide da vítima há uma placa
de bronze com o epitáfio "Aqui jaz na paz do senhor loira desconhecida",
como ela passou a ser chamada pelo povo.
Com o passar dos anos a loira ganhou
fama de realizar milagres e também virou lenda urbana na cidade, sendo que em
Itu, a história da loira do banheiro (inventada pelo extinto Notícias Populares
paulistano, no final da década de 1960) começou exatamente após esse
assassinato.
Desde 2005, o repórter policial
Reginaldo Carlota, vem trabalhando no caso por conta própria, com objetivo de
desvendar o mistério em torno do crime que abalou Itu, na época.
O jornalista, que está escrevendo
um livro sobre o caso, intitulado provisoriamente de "Loira
Sinistra", já foi mais longe em sua investigação, de que todos os
policiais da época. Por conta disso, em 2008, Carlota já foi entrevistado na
Rede Globo sobre o caso e agora pela Record.
"Não posso revelar muita
coisa ainda, mas posso adiantar que a suposta investigação realizada pela
Polícia da época está repleta de falhas", afirmou.
De acordo com o escritor todas as
evidências do crime foram apagadas, ou desapareceram misteriosamente na época
do crime. "Logo após o homicídio a ficha datiloscópica com todas as impressões
digitais e fotos tiradas da morta desapareceu. O óbito dela nunca foi
registrado no Cartório de Registro Civil de Itu e o Processo Criminal referente
a esse crime nunca existiu. Onde já se viu uma pessoa ser enterrada sem
registro de óbito! Será que alguém mais acha que tem algo estranho,
nisso?", questiona o jornalista.
Acreditando que a vítima ainda
possa ser identificada nos dias de hoje, com a ajuda da Internet, jornais e TV,
Carlota contratou um desenhista profissional para reconstituir o rosto da morta,
baseado em descrições minuciosas de uma senhora que cuidou do corpo da vítima
durante os dias em que ele permaneceu no necrotério, esperando um possível
reconhecimento.
O autor acredita que com a
divulgação do retrato falado e do caso na mídia, alguém possa se lembrar de uma
parente, amiga ou conhecida com as características da loura de Itu, que
desapareceu no ano de 1972 e ajudar na identificação da vítima.
REGINALDO CARLOTA É ENTREVISTADO PELO 'BALANÇO GERAL' DA RECORD SOBRE CRIME DA 'LOIRA DESCONHECIDA'
O apresentador de TV Geraldo Luis, e sua equipe do Balanço Geral da Record, estiveram em Itu, na tarde de segunda-feira, gravando uma extensa entrevista com o jornalista ituano Reginaldo Carlota.
A matéria feita com o escritor e jornalista, foi a respeito do misterioso caso da "Loira Desconhecida" (www.loirasinistra.blogspot.com), um dos crimes mais misteriosos das crônicas policiais ituanas.
Durante as gravações, Geraldo Luis, que soube de Carlota, através dos artigos que leu sobre ele na internet, elogiou várias vezes a coragem e o profissionalismo do jornalista ituano.
CRIME REPLETO DE MISTÉRIO
Na sepultura número 328 da quadra Paz Celestial, do Cemitério Municipal de Itu, há uma mulher enterrada há mais de quarenta anos, sem ninguém saber sua verdadeira identidade. Essa mulher foi encontrada morta em circunstâncias aterradoras em Itu, no dia 19 de abril de 1972, na altura da Fazenda Pedra Azul, localizada na Rodovia Marechal Rondon (Estrada Itu/Jundiaí).
Loura, alta, muito bonita, pele, mãos, pés e cabelos muito bem tratados, aparentando cerca de 30 anos de idade, a mulher parecia ser alguma modelo ou atriz, tamanha sua beleza e cuidados com o corpo, que impressionou todos que a viram.
A linda loura havia sido morta de forma horrenda, foi torturada antes de ser brutalmente assassinada. Foi espancada, teve os braços e os seios queimados por cigarro, foi arrastada pelo cabelo e executada com seis tiros fatais.
Seu corpo foi encontrado nu, na beira da Rodovia, sem nenhum documento ou vestígio de sua identidade.
A Polícia Civil da época nunca esclareceu o crime. Não descobriu quem era a vítima, nem quem era o assassino e muito menos o motivo do crime.
Na lápide da vítima há uma placa de bronze com o epitáfio "Aqui jaz na paz do senhor loira desconhecida", como ela passou a ser chamada pelo povo.
Com o passar dos anos a loira ganhou fama de realizar milagres e também virou lenda urbana na cidade, sendo que em Itu, a história da loira do banheiro (inventada pelo extinto Notícias Populares paulistano, no final da década de 1960) começou exatamente após esse assassinato.
Desde 2005, o repórter policial Reginaldo Carlota, vem trabalhando no caso por conta própria, com objetivo de desvendar o mistério em torno do crime que abalou Itu, na época.
O jornalista, que está escrevendo um livro sobre o caso, intitulado provisoriamente de "Loira Sinistra", já foi mais longe em sua investigação, de que todos os policiais da época. Por conta disso, em 2008, Carlota já foi entrevistado na Rede Globo sobre o caso e agora pela Record.
"Não posso revelar muita coisa ainda, mas posso adiantar que a suposta investigação realizada pela Polícia da época está repleta de falhas", afirmou.
De acordo com o escritor todas as evidências do crime foram apagadas, ou desapareceram misteriosamente na época do crime. "Logo após o homicídio a ficha datiloscópica com todas as impressões digitais e fotos tiradas da morta desapareceu. O óbito dela nunca foi registrado no Cartório de Registro Civil de Itu e o Processo Criminal referente a esse crime nunca existiu. Onde já se viu uma pessoa ser enterrada sem registro de óbito! Será que alguém mais acha que tem algo estranho, nisso?", questiona o jornalista.
Acreditando que a vítima ainda possa ser identificada nos dias de hoje, com a ajuda da Internet, jornais e TV, Carlota contratou um desenhista profissional para reconstituir o rosto da morta, baseado em descrições minuciosas de uma senhora que cuidou do corpo da vítima durante os dias em que ele permaneceu no necrotério, esperando um possível reconhecimento.
O autor acredita que com a divulgação do retrato falado e do caso na mídia, alguém possa se lembrar de uma parente, amiga ou conhecida com as características da loura de Itu, que desapareceu no ano de 1972 e ajudar na identificação da vítima.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
LIVRO INDEPENDENTE SOBRE SERIAL KILLER JÁ VENDEU MAIS DE 10 MIL CÓPIAS E INSPIROU DOCUMENTÁRIO DO DISCOVERY CHANNEL
Um dos livros mais
aterradores sobre serial killers, já lançados no Brasil, acaba de retornar ao mercado, em uma nova edição
revista e ampliada. Trata-se de “O
Matador de Crianças”.
Fundamentada em
rigorosa pesquisa e numa investigação obsessiva, conduzida pelo próprio autor,
a obra é um documentário chocante, brutal e assustador, sobre o serial killer
Laerte Patrocínio Orpinelli, vulgo "Monstro de Rio Claro".
Entre as décadas de
70 e 90, o andarilho Laerte Orpinelli, morto em janeiro deste ano, perambulou por dezenas de cidades do interior
de São Paulo, percorrendo uma trajetória sangrenta e sádica. O assassino
estuprou e matou com requintes de crueldade, um número ainda não contabilizado
de crianças. Quando preso, admitiu ter matado mais de cem crianças, durante
trinta anos.
Escrito pelo
jornalista e repórter policial ituano Reginaldo Carlota, o livro O Matador de
Crianças, serviu de base para o roteiro do episódio "O Monstro de Rio
Claro", da série "Instinto Assassino" do Discovery Channel.
O episódio, já
exibido em dezenas de países, vem sendo reprisado desde 2011.
Durante vários
anos, o jornalista seguiu de maneira obsessiva a trilha de sangue deixada pelo
andarilho assassino e foi refazendo toda a rota de seus crimes.
A obsessão do autor
pelo criminoso era tanta, que ele perambulou durante meses por diversas cidades
do interior paulista, pegando carona nas mesmas rodovias em que o assassino
pegava, atrás de informações sobre ele. O autor também ia pessoalmente até os
locais onde o maníaco havia matado suas vítimas, frequentava os mesmos bares
que ele havia frequentado, conversava com as mesmas pessoas que o assassino
havia conversado, ouviu depoimentos de familiares e conhecidos das vítimas e
pesquisou inúmeros inquéritos policiais sobre os assassinatos de crianças.
Carlota também entrevistou três delegados envolvidos nos casos e chegou ao
extremo de pernoitar nos mesmos albergues noturnos em que o andarilho dormia,
tudo para descobrir o máximo que podia sobre o serial killer e traçar seu
perfil psicológico.
O escritor conta que nunca
sequer considerou a hipótese de procurar uma editora para publicar seu livro, e
desde o início, decidiu cuidar sozinho da edição, marketing e distribuição de sua
obra.
"Um mês antes do livro
ser lançado, recebi um e-mail em inglês do Discovery Channel me convidando para
uma entrevista no programa Instinto Assassino. A entrevista seria sobre o
serial killer Orpinelli. Eles disseram
que tinham lido a meu respeito na internet e queriam usar partes do livro que
eu iria lançar, no roteiro do episódio. Sabendo que seria entrevistado num
programa policial exibido no mundo inteiro, considerei que seria perda de tempo
enviar o livro pra alguma editora e ficar aguardando uma resposta, quando eu
mesmo poderia aproveitar a publicidade do Discovery e cuidar de tudo sozinho",
explica.
A primeira tiragem do livro,
lançada no final de 2010, foi de apenas 100 exemplares e se esgotou em três
dias. Foi comprada quase que totalmente por policiais militares, guardas
municipais e policiais civis, amigos do autor.
A segunda tiragem, de 500
exemplares, acabou em pouco mais de um mês. E, nos dois anos que se seguiram, o
livro foi sendo reimpresso várias vezes, batendo a tiragem de 10 mil exemplares
vendidos.
Embora tenha sido
distribuído em algumas poucas livrarias, o grosso das vendas mesmo vem da
internet, em grande parte, graças a redes sociais, como o Facebook, onde
Carlota tem mais de 2 mil amigos que são verdadeiros fãs de carteirinha do seu
trabalho. O blog criado por Carlota sobre o serial killer
(www.omatadordecriancas.blogspot.com), já bateu mais de 150 mil acessos, e é
outra grande fonte de divulgação do livro.
O jornalista revela ainda que,
o fato dele ser editor-chefe e proprietário do tablóide semanal ituano,
"Notícia Popular de Itu", um jornal especializado em matérias
policiais que vende milhares de exemplares por edição, também influencia muito
nas vendas do livro.
Com a nova edição de O
Matador, que traz um capítulo a mais, incluindo a morte do serial killer, e
nova capa, Carlota espera dobrar nos próximos meses, o número de vendas já
alcançado até aqui.
Ano passado, o autor esteve
viajando pela Europa, pesquisando o mercado literário e agora em 2013, já tem
planos de negociar seu livro em alguns países europeus, como Portugal, Espanha
e França.
De acordo com o escritor, a
maior parte dos compradores de O Matador, são fãs de séries policiais como Criminal
Minds, CSI, Law & Order, Cold Case e leitores dos livros da escritora Ilana
Casoy, que também escreve sobre serial killers.
A nova edição de O Matador de
Crianças custa R$ 29,90 e está sendo relançada para todo o Brasil pelo próprio
autor, através de sua editora a "Serial Books"
(www.serialbooks.com.br).
sexta-feira, 1 de março de 2013
SECOM COMPRA QUATRO MIL EXEMPLARES DO LIVRO "O PERDEDOR"
ESCRITOR REGINALDO CARLOTA AUTOGRAFANDO LIVRO PARA O PRESIDENTE DO SECOM DE ITU E REGIÃO, LUCIANO RIBEIRO
No
início de fevereiro, o escritor e jornalista ituano Reginaldo Carlota, de 38
anos, colocou a venda em todas as bancas de revistas da cidade, seu novo livro
"O Perdedor".
A obra é
um relato dramático e envolvente que revela o cotidiano insensível e trágico,
de meninos que vivem, matam e morrem pelo tráfico de drogas.
A trama
gira em torno de um adolescente viciado, que, abandonado pela família, caçado
por policiais e perseguido por traficantes, precisa lutar de todas as formas
para sobreviver num cotidiano amargo, insensível e sem perspectivas, onde não
existem amigos e os inimigos estão por toda parte.
Lançado
pelo selo editorial "Serial Books", do próprio Carlota, O Perdedor
tem 24 páginas, todas ilustradas com desenhos em tons de cinza, formato
19x25cm, capa cartonada e plastificada, miolo impresso em papel couchê, de
altíssima qualidade e custa apenas R$ 5.
Carlota
explicou que o preço baixíssimo de capa, só foi possível devido a tiragem
astronômica que mandou imprimir, fazendo assim com que o custo por unidade
saísse muito barato para o consumidor final.
CINCO MIL UNIDADES VENDIDAS
Mesmo
ainda não tendo realizado uma noite de autógrafos oficial para o lançamento do
livro, Carlota já está vendendo milhares de exemplares de "O
Perdedor".
Já a
venda em cerca de duzentas bancas e livrarias, o livro vendeu mais de cinco mil
exemplares em menos de um mês.
Boa
parte dessa tiragem foi adquirida pelo Secom (Sindicato dos Empregados do Comércio
de Itu e Região).
Assim
que tomou conhecimento da existência do livro, o presidente do SECOM, Luciano
Ribeiro, conversou com Carlota, sobre a possibilidade de comprar um grande lote
de exemplares, no atacado, para distribuir gratuitamente entre os associados do
Sindicato.
O
escritor gostou da ideia e o negócio foi fechado.
Durante
a entrega dos livros esta semana, Luciano explicou o motivo da compra dos
livros.
"O
SECOM é uma entidade que tem como princípio básico uma melhor qualidade de vida
para todos, lutando para que os direitos de seus representados sejam
respeitados e reivindicando melhorias aos trabalhadores.
Neste
contexto, não podemos deixar nossa responsabilidade social de lado. Sabemos que
as drogas são um dos maiores problemas da atualidade, pois destrói a vida do
usuário bem como a de sua família.
Apoiamos
o projeto do autor Reginaldo Carlota, porque temos o perfil de não ficar
olhando para um problema e não fazer nada. Temos sim que agir, enquanto é
tempo, esperamos com isso, despertar a consciência, principalmente dos jovens,
de que, um usuário de droga é realmente um perdedor.
O
SECOM vai enviar para casa de seus associados uma edição do livro e dar uma
chance para que as pessoas possam ler uma história que não gostaríamos de
tornar realidade de vida de ninguém", comentou Luciano em nota oficial.
MARKETING ANTIDROGAS
"Todo
ano o Governo joga milhões de reais no lixo, com propagandas inúteis, que dizem
simplesmente 'não usem drogas'. Essa frase não tem efeito psicológico algum na
mente de um usuário em potencial e muito menos de um viciado. Se a mensagem
passada pelo Governo fosse algo como 'drogas são para perdedores', o efeito psicológico
seria outro, principalmente para quem usa drogas pra ser socialmente aceito num
grupo. Acredito que meu livro faz um marketing antidrogas muito mais eficiente
do que o do Governo. Pra se ter uma ideia, até um cara que diz ser traficante
de drogas, comprou meu livro outro dia e disse que daria para os filhos dele
ler. E isso tem lógica, nunca soube de um traficante que quisesse que o filho
dele se tornasse um nóia", comenta Carlota.
O
jornalista explicou que seus planos para O Perdedor são extremamente
ambiciosos. O autor planeja vender meio milhão de cópias do livro, só neste ano
de 2013, transformando a obra num mega best seller nacional.
Boa
parte dessas vendas serão feitas no atacado, diretamente para escolas, prefeituras,
ONGS, sindicatos e empresas que queiram distribuir o livro entre seus
funcionários, já que se trata de uma obra altamente recomendável para a
sociedade, por discutir um dos problemas que mais aflige a população nos dias
de hoje.
"A
droga é a grande responsável pelo alto número de roubos e homicídios no país, e
não é com a falta ou excesso de polícia que o problema será resolvido. É mais
uma questão social do que policial e precisa ser combatida de dentro de nossas
casas pra fora", explicou o jornalista.
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